sexta-feira, julho 28, 2006

Mau-humoradas de Plantão

Resgatando palavras antigas.... vou deixar aqui um texto que escrevi a quatro anos atrás, e que resolvi colocar agora, em homenagem a uma grande amiga, Camilinha!

Não sou mais tão mau-humorada como era em 2002, mas é sempre divertido ler! :)

Sou assim

Ultimamente não tenho sido simpática com a vida. Confesso que não me importo nem um pouco com as caras amarradas que encontro na rua, com os colegas irritados ou não, com a falta de harmonia e consideração alheia, e não me afeta pensar nos amigos que não falo mais.

Admito também não estar ligando a mínima pra intolerância dos outros - a minha certamente tem sido bem maior, e isso não tem feito diferença alguma.

Não... Não estou amargurada nem revoltada, mas sinceramente, ser boazinha e caridosa não me ajudou nem um pouco nos últimos meses. Não evitei que me aprontassem armadilhas; não deixei de ser mal quista por não ter bom humor todos os dias; não consegui conter os maus pensamentos daqueles que nem me conhecem e teimam e me querer mal... Ah! Também não consegui fazer meus desafetos entenderem que, independentemente deles, eu sou alegre e triste, e por isso não estou nem um pouco interessada no sentimento que por mim eles possam ter.

Talvez um dia eu acorde com um bom humor danado, leia tudo isso e pense : "nossa, que mau-humor!" É, pode ser que isso aconteça de fato. Mas hoje, escrevendo tudo isso, só consigo perceber que estou como sempre estive: um tanto realista e cruel com as palavras.

Essa análise toda deve ser culpa da minha inquietude. Ultimamente tenho me visto mais na minha do que de costume, mais cheia de desafetos e conversas atropeladas, mais descrente talvez.... e o pior é que não tenho me importado com as conseqüências, muito pelo contrário, tenho curtido ficar na minha. Tenho achado ótimo não aguentar malucos me alugando por besteiras... Tenho vibrado por não ser mais pára-raios de frustrações de esposas malucas, desocupadas e inseguras... Me alegro por não ter mais a obrigação de dar bom dia pra pessoas que acham que isso é prova de consideração.

Nossa!! Como estou mais feliz por não ter que agüentar paranóia dos outros! Meu Deus, como é bom me ocupar apenas das minhas ! !

Eu de fato sempre fui meio rebelde mesmo, nunca pretendi que alguém gostasse de mim, não foi pra isso que vim ao mundo, e apenas queria que as pessoas entendessem isso.
Por que será que os seres humanos insistem tanto em ter por ter, ser por ser, querer por querer? Será tão difícil ser porque se deseja ser assim? Ter por querer de fato possuir? Querer por um propósito?!

Ser amigo só pra constar numa lista ? Ter amigos pra falar mal? Querer amigos pra satisfazer caprichos? Isso é amizade? Eu sinceramente não acredito.

Sabe, existem momentos em que a gente se chateia com todo mundo, são momentos em que falar sozinho é a melhor saída, porque até nós iremos nos maldizer. Nesses momentos penso que não exista coisa mais insuportável do que as pessoas não aceitarem que simplesmente não estamos em um bom dia. Que aquele é nosso dia de não gostar da nossa cara no espelho, de achar o sal salgado e o açúcar enjoado. Sei lá... aquele dia em que o limão não é mais azedo que a gente, que o velho ranzinza é a nossa personificação e o chefe mau-humorado é lenda.

E não venha me dizer que você nunca teve vontade de mandar um amigo pro inferno num dia desse, ou simplesmente dizer, não tão educadamente - "Me deixa em paz por favor!"

Bom, se não o fez, parabéns - ou meus pêsames, sabe-se lá a quantas anda seu nível de irritação acumulada....

Já eu, adoto meu velho e bom uniforme de "estúpida", fico na minha ou distribuo patadas (quando não me deixam na minha). Não que eu ache isso bonito ou legal, só que pra mim, para ocasiões como essa, não inventaram palavra mais medíocre que "desculpas". Afinal, sendo eu um ser pensante e dotado de inteligência mínima, sou capaz de perceber que qualquer coisa que se diga afetará alguém, e dizer desculpas não alivia nada além da minha própria consciência.

Acredito que todo e qualquer ataque de nervos é perdoável, desde que se esteja em um péssimo dia.

Ah, para aqueles que vivem, permanentemente, em um dia péssimo, pare para avaliar se o problema não é você... Porque não há cristão, nem bom samaritano, que suporte um mau dia todos os dias ....


Rafaela Zakarewicz
Junho/2002

terça-feira, julho 25, 2006

Renovação

Uma crise entre valores, ideais e realidade, devolve ao eixo minha roda da fortuna. Não sei ao certo como era antes, sei que agora é diferente.

Sigo o caminho com uma palavra de ordem: renovação.

Não deixarei de lado meus princípios, estes tolos ideais que regeram meus passos e que se mostraram menos tolos quando abalados. Apenas farei com que sejam alicerces menos utópicos, em uma nova etapa.

A linha que separa a covardia da coragem é tão fina quanto perigosa. Transitar nela foi desafiar limites da fé. Sondei um abismo e joguei nele valores refutáveis, ideais perdidos, sonhos inacabados. E encontrei minha vida, em meio a farpas e espinhos que eu permiti se propagar.

Sei que a estrada não deixará de ser perigosa, mas carrego a certeza de que os passos serão firmes e ousados. Pois minha alma se recordou da bravura de outros tempos, em que o Bushido era sua essência.

Lembrou do compromisso que fez em buscar seu caminho, da lealdade absurda aos princípios de um guerreiro, da força e determinação que empunha a espada, e a leveza com que a manejava.

Enxergo agora um cenário diferente na minha frente. Personagens, histórias e lugares que já faziam parte dos meus dias, o véu deslizou no meu rosto e me devolveu ao meu lugar.

Agora eis me aqui, de volta à minha verdadeira vida.

.: Texto e Fotografia: Rafaela Zakarewicz

terça-feira, junho 13, 2006

Férias!



De todas as viagens que já fiz, essa sem dúvida está sendo programada com um gosto especial.

Quando fui a Londres, escrevi um artigo, e considerei a primeira de várias viagens loucas e ousadas. Principalmente no quesito: viagens ao exterior.

Em Londres vivenciei a famosa frase de Sócrates "conhece-te a ti mesmo". E descobri que coragem tem mais a ver com cara de pau do que com força interior, e que amizade, tem mais a ver com espiritualidade do que se possa imaginar... Mas jurei que só faria outra viagem daquela com uma companhia maravilhosa!

Não que minha companhia não tivesse sido fantástica, mas queria ter visitado certos lugares com alguém para admirar algumas preciosidades comigo!

Bom, nem se passaram dois anos, veio a tal companhia perfeita pra uma outra viagem fantástica! Começaremos por Londres, e iremos percorrer a Europa Ocidental. Um passeio e tanto!

Viajar ao exterior não me atrai mais do que conhecer a Cultura do Brasil, mas, para entender de verdade a cultura brasileira, há de se entender a identididade que formou essa nação; por isso, conhecer a cultura de povos europeus que construiram a nossa - tão recente - História, me fascina especialmente.

Quando se tem vinte e sete anos, certos valores pessoais vão além de listar países e danceterias, e quando se ama Arte e História, números passam a ser definitivamente dispensáveis.

Nossas férias serão maravilhosas, para nos mostrar uma realidade nova.

.: Post e Fotografia: Rafaela Zakarewicz